domingo, 20 de fevereiro de 2011

A reciclagem







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Já estou para escrever isso há algum tempo: você recicla na sua casa?
Pode parecer bobeira ou algo trabalhoso, mas reciclar é uma das coisas mais fáceis que podemos fazer para diminuir o impacto que causamos para a natureza.
Quando mudei para meu prédio, há sete anos atrás, ele era novo e como meu marido foi o segundo síndico eleito conseguimos o que parecia impossível: implantar a reciclagem para todos. E nem demos tempo para eventuais reclamações facilitando o processo como um todo.
Primeiro optamos por facilitar a separação do lixo: ao invés de exigirmos que cada morador tivesse várias lixeiras para separar cada material apenas pedimos que o lixo seja separada em dois, o reciclável e o não reciclável. Para isso, em cada andar foram colocadas duas lixeiras, uma para cada tipo de lixo.
Semanalmente, os funcionários de limpeza e portaria fazem a separação por tipo de material e foi destinada uma área para a guarda deste até o momento da retirada.
Para a retirada contatamos empresas de aparas da região, que pagam um valor conforme o peso e os materiais recolhidos. O valor obtido da venda desses materiais é dividido entre os próprios funcionários, que acabam por ter um incentivo para efetuar a separação – e sempre devemos lembrar que o que é pouco para nós pode ser muito para outros.
No último ano mais uma conquista: a instalação de bombonas para a retirada do óleo de cozinha usado. Mais uma vez o importante foi encontrar uma forma de facilitar o processo para conseguirmos a adesão das pessoas. As bombonas foram adquiridas da ONG Trevo, que fica responsável pela retirada da bombona já cheia.
O investimento é baixo, tanto as lixeiras para reciclagem como as bombonas para óleo não chegam a custar R$ 25,00 individualmente e, no caso das bombonas, muitas vezes apenas uma já é suficiente, é só orientar os moradores a colocarem o óleo usado em garrafas pet ao lado do lixo.
E, o melhor, você faz um poquinho aqui, outro ali, mas a sua preocupação contagia os outros e, no final, o efeito é muito maior. No meu caso, eu ainda tenho o orgulho de ver minha filha de apenas 05 anos repetindo o que aprendeu em casa aonde quer que ela vá.


copiado de:
http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://smiletic.com/wp-content/uploads/2009/05/mundo20-20reciclagem.jpg&imgrefurl=http://smiletic.com/2009/06/04/reciclagem

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

 O CÉSIO-137 E O ACIDENTE
NUCLEAR EM GOIÂNIA






Antes de setembro de 1987, a idéia de um acidente nuclear em território brasileiro era uma possibilidade remota envolvendo, no máximo, especulações pessimistas sobre as usinas de Angras dos Reis, no Rio de Janeiro ou, talvez, o IPEN, Instituto de Pesquisas de Energia Nuclear da Universidade de São Paulo, onde existe um pequeno reator atômico destinado a pesquisas.
A surpresa e tragédia vieram de lugar e modo completamente inesperados. Quando explodiram as manchetes relatando casos de morte por envenenamento radiativo, dezenas de casos confirmados de contaminação e outros milhares sob suspeita, todas as atenções se voltaram para Goiânia.

A discreta capital de Goiás, no centro do Brasil, colocava em evidência o protagonista daquele episódio, uma cápsula violada de césio 137, que, negligentemente abandonada, indevidamente removida, imprudentemente aberta e inadvertidamente manipulada, espalhou o terror entre uma população que nem desconfiava da existência de tal risco tão próximo de seus lares.
No abalo causado pelas quatro mortes e dezenas de vítimas graves, o césio 137 passou a ser visto como um perigoso assassino, por conta de uma desastrosa sucessão de erros que levou à remoção daquele estranho material de belo brilho azulado da segurança de seu invólucro de chumbo, onde foi enclausurado para cumprir a missão de ajudar a salvar vidas, não tirá-las.

Radioterapia
O acidente de Goiânia começou quando uma cápsula de chumbo contendo por volta de 20 gramas de cloreto de césio-137 (CsCl) foi removida de um aparelho de radioterapia abandonado.
Essa cápsula era uma fonte radiativa, um emissor de radiações utilizado para bombardear com precisão células cancerígenas e destruí-las sem afetar os tecidos próximos. Dentro do aparelho e da blindagem, usado sob as condições especificadas, não há contato direto entre o paciente e o material radiativo, apenas um feixe de partículas oriundo da fonte é milimetricamente direcionado à área afetada.

Materiais radiativos como césio 137 emitem radiações ionizantes, feixes de partículas ou de ondas eletromagnéticas capazes de atravessar corpos sólidos, afetando durante o trajeto suas estruturas atômicas. Radiações ionizantes de alta intensidade podem provocar lesões nas células e tecidos vivos, causando uma série de efeitos nocivos que caracterizam o chamado envenenamento por radiação.
Isso aconteceu em Goiânia porque as vítimas tiveram contato físico direto com o material radiativo removido da cápsula protetora. Assim, não só foram expostas à intensidade máxima de radiação sem nenhum controle, como a exposição se deu por tempo prolongado, fatores decisivos para que o envenenamento radiativo se dê.

Na radioterapia, intensidade, tempos de exposição e direcionamento do feixe radiativo são cuidadosamente controlados de modo que apenas as células cancerígenas sejam atingidas e destruídas. Nos equipamentos modernos de radioterapia o Cobalto-60 substitui o césio-137 como fonte radiativa por apresentar melhores resultados técnicos e terapêuticos.

O que é césio-137?
O césio-137 é um radioisótopo, ou seja, um isótopo radiativo do césio. Isótopos de um elemento químico são as variações de massa atômica que este elemento pode apresentar. Assim, os isótopos de um mesmo elemento têm o mesmo número atômico e diferentes números de massa.

O número de massa é a soma dos prótons e nêutrons presentes no núcleo do átomo. Na maioria dos elementos o número de prótons e nêutrons é igual ou próximo, mas alguns isótopos possuem muito mais nêutrons do que prótons, e em virtude disto seus núcleos se tornam instáveis e emitem radiações. Por isto são chamados de isótopos radiativos ou radioisótopos.
Descoberto em 1860, por Kirchhoff e Bunsen, o elemento químico césio tem número atômico 55 e seus isótopos mais relevantes são o 133 e o radiativo 137. Assim, o césio-137 é um radioisótopo do césio que tem em seu núcleo 55 prótons e 82 nêutrons.

Sua meia-vida, o tempo necessário para que sua atividade radiativa caia pela metade, é de trinta anos e, conforme se desintegra pela emissão radiativa, forma Bário-137. Na natureza apresenta-se como um metal alcalino, mas pode ser obtido da fissão nuclear do urânio ou plutônio.
Como em sua forma alcalino-metálica o césio se apresenta no estado líquido à temperatura ambiente, sua utilização era feita no formato de sais, como o cloreto de césio, muito parecido com o sal de cozinha, mas que no escuro emite o brilho cristalino azulado que fascinou e contaminou em Goiânia.
 VOCE TAMBèM PODE ENCONTRAR ESSA POSTAGEM EM:
www.mundovestibular.com.br/...CESIO-137.../Paacutegina1.html
              
FÍSICA E MEIO AMBIENTE
O SUBSTRATO DA ESTÉTICA NA CIÊNCIA CONTEMPORÂNEA
Marcílio de Freitas

O FIO CONDUTOR A possibilidade de desestabilização ecológica do planeta desdobrando-se no extermínio da espécie humana põe elementos novos para os fundamentos da cultura universal. Problemas que exigem a desconstrução dos fundamentos da civilização ocidental, em especial, dos modos e das formas de intervenção humana nos usos e exploração da natureza, assim como modificações radicais nas relações entre as pessoas, as comunidades e também entre os países. O colapso dos modelos econômicos standard, baseados na exploração e expropriação intensiva dos recursos naturais, aliado ao crescente processo de pauperização dos povos periféricos, em médio prazo agrava esse quadro, reafirmando a importância dos estudos ambientais. O que reserva um "lugar" singular para a física e a ecologia nas configurações societárias projetadas para o século XXI.
O desvendamento das relações das ciências físicas com a ecologia é complexo e contraditório. A crescente reafirmação da ecologia envolve representações simbólicas e materiais, fundindo-a, definitivamente, com o destino do homem. Uma característica instigante são os aspectos suscitados pela sua dimensão simbólica.
A dimensão ficcional da ecologia é uma perspectiva subjetiva que atravessa todas as culturas mundiais, é como se o destino da Terra fosse de responsabilidade de cada um de seus habitantes. Esse processo se intensifica em forma ponderada e numa intensidade proporcional ao grau de destruição ecológica dos lugares, dos países, dos continentes e do planeta. A crença difusa que a Terra encontra-se num crescente processo de desestabilização ecológica constitui uma realidade virtual que atravessará todo o século XXI, movimentando muitas ações e programas institucionais mundiais.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Freitas, M. Projeções estéticas da Amazônia: um olhar para o futuro. Manaus, Editora Valer. 2005. (em processo de lançamento).        [ Links ]